terça-feira, 24 de março de 2020

Educação em tempo de coronavírus: UMA CONTRIBUIÇÃO DO BLOG PARA E EDUCAÇÃO DO MARANHÃO...

Educação em tempo de coronavírus: 10 passos para montar o plano de contingência

O que você deve considerar na hora de estruturar aulas online e à distância para educação básica.

por Ana Paula Gaspar ilustração relógio 16 de março de 2020

O anúncio da suspensão das aulas por conta da pandemia do coronavírus (COVID-19) deixa toda a sociedade preocupada em relação ao futuro dos nossos estudantes e, claro, em relação aos prejuízos de aprendizagem. Mais rápido do que imaginávamos, gestores públicos, organizações da sociedade civil e comunidade de profissionais em educação trouxeram a primeira resposta ao fechamento das escolas: o uso das tecnologias digitais. A velocidade em propor que a tecnologia nos ajude em cenários de fechamento de escolas tem a ver, também, com a experiência de outros países onde a pandemia chegou primeiro, ainda como epidemia, como China, Itália e Coreia do Sul.
Eu não agi de forma diferente e a primeira coisa que comecei a fazer foi colecionar links de referência com recomendações, relatos de experiências e análises dos impactos da educação online em inglês, português e espanhol. As redes profissionais das quais faço parte também foram importantes para apoiar a construção de algo inédito para a grande maioria de todos nós: planos de educação online e à distância para educação básica.
Compartilho abaixo 10 passos que estamos construindo juntos para lidar com esta situação tão delicada.
1 – Atenção às políticas públicas e anúncios oficiais
Por mais que campanhas de autoisolamento estejam sendo amplamente disseminadas e recomendadas como ação de responsabilidade individual, a decisão de fechamento de escolas passa, necessariamente, pelo poder público. Redes estaduais e municipais estão divulgando regularmente suas medidas e precisamos ficar atentos às diretrizes diariamente. Um ponto importante a ser observado é se as diretrizes de fechamento vêm acompanhadas de clareza sobre a formalidade do cumprimento dos dias letivos. Esta definição é de suma importância para desenhar nossos planos, pois a obrigatoriedade do cumprimento de dias letivos utilizando tecnologias é muito diferente de manter os estudantes ativos e abastecidos de recomendações de atividades que podem ser realizadas online em período de férias, por exemplo.
2 – Um plano de contingência é um plano mesmo
Mesmo um cenário de tanta volatilidade e mudança rápida de decisões não nos desobriga de ter um plano. Sair fazendo coisas sem minimamente pensar, refletir e pactuar com o máximo possível de representantes da comunidade escolar é atropelar as pessoas, processos e causar transtornos maiores do que podemos imaginar. Não teremos um mês para fazer um plano, talvez tenhamos um dia, no máximo uma semana, mas precisamos dele. Comece já. Em se tratando de plano de tecnologia na educação, o modelo com o qual mais identifico é o do CIEB (Centro de Inovação para Educação Brasileira). O conceito das quatro dimensões nos ajuda a organizar a implementação de planos de tecnologia em quatro frentes concomitantes e integradas: visão, competências, recursos educacionais digitais e infraestrutura (saiba mais sobre elas no Guia Tecnologia na Educação do Porvir). Ao entender esses quatro elementos você terá um panorama do que seja possível fazer.
3 – Não é só fazer aulas remotas de casa
A experiência escolar é algo insubstituível. Talvez seja uma das experiências humanas mais sociais. Fechar escolas e desenhar plano de atividades para crianças e professores à distância é, portanto, algo completamente diferente de planejar atividades escolares presenciais. Sendo assim, seja modesto, por mais que cada dimensão esteja super bem atendida. Comece pequeno e teste antes se a escola ainda estiver aberta. Se o seu turno escolar é de quatro horas, por exemplo, não tente ficar conectado pelo mesmo tempo de forma ininterrupta como na escola. Programe uma atividade por dia com bastante intencionalidade, deixe as regras claras e vá aumentando a carga horária gradativamente conforme perceber o amadurecimento da turma.
4 – Não podemos deixar ninguém para trás
Umas das principais preocupações em torno de aulas online tem a ver com equidade e qualidade. Mais uma vez o episódio do coronavírus escancara nossa colossal desigualdade social. Já sabemos que muitas escolas terão muito mais condições de suportar experiências digitais do que outras, mas nem por isso não podemos pensar em estratégias para tentar diminuir diferenças. Verifique se todos os professores têm dispositivos para utilizar em casa, caso contrário, é possível que a escola empreste os equipamentos? E no caso dos estudantes, é possível que eles levem os equipamentos da escola para casa em regime de empréstimo?
5 – Estabeleça parceria com as famílias
É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança. Quem nunca ouviu essa expressão? Educação não é dever só da escola. Famílias e outras instituições precisam se comprometer nesse processo. Os responsáveis pelas crianças serão pessoas fundamentais nesse processo, por isso será necessário envolvê-los desde o começo. Comece atualizando os contatos de pais e responsáveis. Nesse cenário será essencial manter uma comunicação clara, transparente e ágil com os responsáveis. Se possível, faça uma pesquisa com as famílias e mapeie endereços, telefones, e-mails, contatos de mensagens instantâneas. Em seguida, comunique seu plano antes de começar. Tente envolver as famílias nas rotinas estabelecidas no plano e pactuar com eles quais delas poderão contar com a participação da famílias para serem cumpridas.
6 – Cuide das especificidades de cada segmento e necessidade 
Tecnologia não funciona da mesma forma para todas as faixas etárias. Não faz sentido aulas online para educação infantil, assim como também jovens de ensino médio não precisam de acompanhamento das famílias para realizar atividades online. Utilize tecnologia de acordo com cada segmento para fortalecer o trabalho pedagógico de acordo com as necessidades de desenvolvimento de cada idade. Também não podemos esquecer da inclusão de estudantes com  qualquer tipo de deficiência física ou intelectual.
7 – Segurança de todos
Desde que começamos a falar de uso de tecnologias na educação, a questão da segurança digital vem sendo levantada como uma das partes mais esquecidas no contexto de integração. Em um cenário de uso de tecnologias digitais para aprendizagem em casa, nossa atenção deve se redobrar. Há que se observar questões como: tempo de exposição à tela, navegação assistida, requisitos de privacidade e proteção de dados.
8- Saúde mental de professores e gestores
Uma das grandes questões atuais em educação diz respeito à saúde emocional dos educadores e profissionais de educação. Assim como precisamos cuidar da saúde emocional das crianças, vamos precisar cuidar muito bem de professores e gestores nesse período. Há relatos de extrema exaustão entre os profissionais de outros países que passaram por este período de rápida adaptação.  Uma dica importante é não exigir que professores estejam conectados por muito tempo ou com grande parte de atividade síncronas, nem para atividades profissionais e nem em navegação especulativa. É preciso estabelecer horários de atendimentos e respeitá-los. Os professores não podem ficar à disposição de estudantes o tempo todo.
Em tempos de crise, ficamos com fome de novas notícias e atualizações. Recebemos uma enxurrada de notícias e informações e precisamos de muito cuidado para checar se não estamos fazendo parte de uma onda de desinformação. Uma orientação importante é fazer uma navegação com roteiro e outra que priorize a família, a ciência e a arte. Estabeleça um roteiro e não se perca no oceano da internet. Se quiser saber notícias de entes queridos, vá direto às mensagens pessoais. Para se manter informado, vá direto nos canais oficiais como site e aplicativos de jornais respeitados e do aplicativo criado pelo Ministério da Saúde. Alimente-se com arte e poesia, leia livros que estavam na sua lista, visite museus virtuais, ouça suas músicas preferidas e invista tempo em atividades que exigem aprofundamento como por exemplo, meditar e escrever um diário. Como o plano de fechamento é generalizado, será possível que, além das rotinas escolares, você também esteja responsável por familiares, portanto, é importante se cuidar.
Por fim, crie uma rotina de cuidado compartilhado. Faça conferências regulares e coloque o assunto da saúde emocional na pauta para falar sobre como está sendo o processo para todos os envolvidos.
9- Precisamos falar sobre a morte
Parte da série de conteúdos que foram publicados sobre o tema tem a ver com a própria abordagem educativa em torno da pandemia e suas causas, incluindo as mortes. É possível que percamos familiares, sobretudo, pessoas idosas que estão sendo as mais atingidas nesse momento. Como lidar com essa faceta da crise com os estudantes? E se durante esse processo algum familiar dos estudantes vier a falecer? Como incluir esse assunto nas atividades online?
10- Por uma Pedagogia da Contingência
Não teremos controle do nosso plano, vamos iniciar, trabalhar, testar, refinar e recomeçar. Indiscutivelmente teremos perdas. É bom começar com essa noção, que ao meu ver, não é pessimista. Uma estratégia importante dessa atuação pedagógica, talvez seja a do registro e da documentação. Um dos recursos mais importantes da tecnologia para a educação, talvez seja a potência de criar registros que nos serão importantes para transformar esta fase difícil em narrativas de vidas, em histórias de enfrentamentos e em sistematizações de algo que nunca fizemos antes e que resultarão em aprendizados importantes para o futuro da educação. Os registros são estratégias importantes para os estudantes também, portanto encoraje que esta seja uma tarefa regular e sistemático. Será importante para retomar o fio da meada quando as aulas recomeçarem. Começar sabendo que coisas podem dar errado nos retira a obrigação de acertar em tudo e nos abre um campo humano seguro para fazer o melhor que podemos exatamente onde estamos, com o que somos, com o que temos e com o que podemos. Vamos em frente.

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EDUCAÇÃO EM PAUTA DURANTE A CRISE DO NOVO coronavírus (COVID-19)

19/03/2020 6:40 

Governo e representantes de entidades discutem medidas para o período de suspensão das aulas

Secretário Felipe Camarão e a promotora de Justiça da Educação, Luciane Belo, que fala das orientações às escolas
Secretário Felipe Camarão e a promotora de Justiça da Educação, Luciane Belo, que fala das orientações às escolas
Com intuito de traçar diretrizes conjuntas para as escolas das redes pública e privada do Maranhão durante o período de suspensão das aulas determinado pelo Decreto Estadual nº 35.662, gestores estaduais e membros de entidades ligadas à educação se reuniram nesta quinta-feira (19), na sede da Secretaria de Estado da Educação (Seduc).
No encontro coordenado pelo secretário da pasta, Felipe Camarão, estiveram presentes representações de órgãos como: Conselho Estadual de Educação (CEE – MA), União de Conselhos Municipais de Educação (UNCME – MA), Ministério Público Estadual, Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino da Rede Particular do Estado do Maranhão, Sindicato dos Estabelecimentos em Ensino do Estado do Maranhão, Superintendência Regional do Trabalho e Procon.
Entre as medidas encaminhadas estão: o Conselho Estadual, em articulação com UNCME-MA, será responsável pelas regulamentações quanto às atividades, conteúdos e dias letivos para o período de suspensão das aulas, tendo em vista que não se trata de férias escolares; a não exigência, por parte dos estabelecimentos de ensino, da presença física de professores e trabalhadores na escola, mas em regime de trabalho remoto e, a obrigatoriedade das escolas oferecerem atividades remotas aos seus estudantes nesse período.
O Secretário Felipe Camarão destacou que o momento é de cautela e de colaboração de todos os envolvidos no sistema educacional, seja público ou privado. “Dado ao momento que estamos passando, o governador Flávio Dino determinou que reuníssemos com esses órgãos para discutirmos propostas conjuntas e assim fizemos. Tão logo as regulamentações sejam emitidas pelos Conselhos, que são os colegiados competentes para tal, divulgaremos amplamente”, ressaltou.
“Estamos diante da situação excepcional e o PROCON/MA seguirá acompanhando junto aos órgãos competentes a readequação do formato da prestação de serviços educacionais, bem como sua continuidade. Não mediremos esforços para garantir a qualidade do serviço”, garante a presidente do PROCON/MA, Adaltina Queiroga.
Fonte: Seduc
Fotos: Lauro Vasconcelos
19/03/2020

domingo, 6 de março de 2016

Secretários estaduais de Educação querem mudanças no ensino médio



Mariana Tokarnia - Da Agência Brasil - 
03/03/2016;  
A Base Nacional Comum Curricular não oferece respostas ao ensino médio e induz à manutenção do modelo atual, segundo secretários estaduais de Educação. Em reunião em Brasília, o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) divulgou hoje (3) uma carta na qual sugere mudanças no documento, que está atualmente em discussão.
A base está prevista em lei, no Plano Nacional de Educação (PNE), e vai fixar conteúdos mínimos que os estudantes devem aprender a cada etapa da educação básica, que vai da educação infantil ao ensino médio. A expectativa é que o documento fique pronto até junho deste ano. Qualquer pessoa pode contribuir com sugestões e críticas por meio do site do Ministério da Educação, até o dia 15 de março.
Para o Consed, o documento deve ser aprimorado no que diz respeito ao ensino médio. Os estados são os responsáveis pela maior parte das matrículas na etapa. Para eles, um novo modelo do ensino médio deve possibilitar trajetórias flexíveis, um estudante deve poder escolher uma formação para um ensino técnico, tecnológico ou superior acadêmico, o que não está proposto na base.
Além disso, de acordo com os secretários, os objetivos da base não contemplam preparação para o mundo do trabalho. "A base prevê nos seus objetivos a formação de indivíduos autônomos capazes de intervir e transformar a realidade, com a preparação para o mundo do trabalho, todavia a proposta da Base Nacional Comum Curricular não faculta que tais objetivos sejam alcançados", diz o texto.
Os secretários dizem ainda que há excesso de disciplinas e de conteúdos propostos. Eles defendem que a base ocupe 1,6 mil horas, o equivalente a dois terços do total mínimo de 2,4 mil horas do ensino médio. O restante do tempo deve ser usado para a flexibilização de trajetórias e para as especificidades de cada rede de ensino no Brasil.
A carta foi apresentado no Conselho Nacional de Educação (CNE). Após o fim da consulta pública à base e a consolidação do documento, o CNE será responsável por analisá-la antes da Base Nacional Comum Curricular ser homologada pelo Ministério da Educação (MEC).
O ensino médio é hoje a etapa de ensino com os piores resultados do sistema educacional brasileiro. Apenas metade dos jovens conclui o ensino médio até os 19 anos. Na idade correta para cursar a etapa, de 15 a 17 anos, 16,7% dos jovens estão fora da escola.

sábado, 5 de março de 2016

GEOSIVANDO NA TECNOMÍDIA MUNDIAL.



Olá, meus queridos alunos e colegas professores, estamos chegando!

Estamos construindo mais este espaço (GEOSYVALDO) de comunicação educacional, visando aprimorar o conhecimento de nossos educandos e estabelecer uma conexão com os mais diversos segmentos da sociedade.

Este blog tem como objetivo, está auxiliando os alunos e outros colegas , como um complemento para o ensino médio, no que refere à: (Geografia, História, Filosofia, Sociologia e Arte). Esperamos receber contribuições de alunos, colegas professores, amigos e profissionais da educação no sentido de ampliar as possibilidades de aprendizado de nossa comunidade estudantil.

A composição inicial será composta de oito páginas (abas), onde vão estar as postagens de acordo com os assuntos. TEXTOS TEMAS (Disciplinas), Exercícios E ATIVIDADES EXTRACLASSE, CURIOSIDADES, VÍDEOS, MUSICAS , ARTES, E BIBLIOTECA.

O Conselho Editorial deste blog será composto por: Josivaldo Correa, Aneri Tavares, Allan Stefano.
Josivaldo Corrêa.
Prof.de Geografia e Filosofia.